Neste Fevereiro Roxo, especialista indica como agir no cuidado com o paciente |
O Fevereiro Roxo é uma campanha dedicada à conscientização do Alzheimer, fibromialgia e lúpus, doenças crônicas incuráveis. A ação resgata a importância da identificação precoce das três doenças, uma vez que a progressão dos sintomas pode ser identificada precocemente e amenizada, proporcionando maior qualidade de vida aos pacientes.
Dentre as doenças mencionadas, o Alzheimer merece destaque. Segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) 1,7 milhão de brasileiros a partir dos 60 anos, têm algum tipo de demência, sendo 55% dos casos correspondentes ao diagnóstico de Alzheimer.
O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que afeta as funções cerebrais, causando sintomas iniciais relacionados à perda de memória. “Entre os principais estão os problemas com a execução de tarefas diárias, linguagem, irritabilidade e, principalmente, a perda de memória recente”, alerta René Padovani, psicólogo e coordenador de filantropia da Pró-Saúde.
O que fazer ao identificar os primeiros sinais
O Ministério da Saúde indica que o Alzheimer evolui em estágios, sendo eles:
• Estágio 1 (inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais; • Estágio 2 (moderado): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia; • Estágio 3 (grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva; • Estágio 4 (terminal): estrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
Amigos e familiares podem notar os sintomas da doença antes do indivíduo. “Ao identificar os sinais, é importante buscar uma avaliação médica, com neurologista, psiquiatra e geriatra, para a realização de exames físicos e neurológicos, acompanhados de uma avaliação do estado mental do paciente”, indica o profissional.
O Alzheimer é uma doença que não possui cura e é progressiva, podendo causar um grande sofrimento no núcleo familiar e, principalmente, no paciente acometido pela doença “é importante possuir um suporte emocional e maiores informações de conduta com fontes seguras” conclui.
Como lidar com o familiar afetado
A Abraz indica que contar ou não ao paciente sobre a doença é uma decisão que cabe à família, mas os profissionais de saúde envolvidos no caso podem discutir e auxiliar nesse processo. Para René, uma das formas de lidar com a situação vai de encontro à orientação da Associação.
“Para além de pensarmos se a família deve ou não contar, é primordial resgatar a biografia do familiar diagnosticado. Como esse familiar agiu em toda a sua vida? Ele busca ativamente decidir sobre suas condutas ou se afasta de informações médicas? Devemos ter em mente que o Alzheimer proporciona perdas ao longo dos meses e anos. Cada caso é único e deve ser avaliado considerando os desejos do paciente”, explica René.
Caso a família queira contar sobre o diagnóstico, é melhor que seja feito na fase inicial para que o familiar compreenda. Caso a reação seja positiva o familiar pode participar de decisões futuras.
Além do cuidado e sensibilidade para informar o familiar afetado, também é importante que os familiares tenham acompanhamento psicológico para lidar com as dificuldades da doença e possível perda do ente”, completa.
Para mais informações sobre as doenças que compreendem o Fevereiro Roxo, acesse o site do Ministério da Saúde: https://www.gov.br/cetene/pt-
Rádio Eldorado FM |
Dengue Em Crianças: Vacinação, Sinais De Alerta E Tratamento
Ministério da Saúde vai priorizar crianças e adolescentes na campanha de imunização contra a doença
Na segunda-feira, dia 15, o Ministério da Saúde anunciou que irá priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na campanha de vacinação contra a dengue que iniciará a partir de fevereiro.
O Brasil é o primeiro país no mundo a disponibilizar o imunizante na rede pública, mas também é o que tem o maior número de casos da doença, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Somente em 2023, foram 2,9 milhões de casos – mais da metade dos cinco milhões registrados globalmente.
O Hospital Pequeno Príncipe alerta sobre a atenção especial da dengue em crianças, principalmente abaixo dos 2 anos, pois pode haver um agravamento súbito de sintomas se a doença não for identificada precocemente, devido à baixa imunidade.
“Em pacientes de pouca idade, a febre alta gerada pela dengue pode ocasionar aumento da frequência respiratória e cardíaca, sudorese mais intensa, além de acarretar quadros de desidratação”, explica o infectologista Victor Horácio, vice-diretor de Assistência e Ensino da instituição.
Sinais da dengue em crianças
A dengue em crianças possui um agravamento súbito de sintomas, que podem levar a sequelas graves ou a óbito, caso não seja tratada adequadamente.
O sangramento (na gengiva, na pele, na evacuação ou no vômito) indica a dengue hemorrágica, que exige um atendimento médico emergencial. Veja os principais sinais da doença em crianças:
- febre alta [39°C a 40°C];
- dores musculares e nas articulações;
- lesões de pele;
- fraqueza em geral; e
- sonolência, choro e irritação excessivos.
Como os sinais podem confundir-se com as viroses, que são muito comuns na infância, o diagnóstico médico por meio de análise clínica, epidemiológica e de exames laboratoriais é essencial.
Tratamento da dengue
O acompanhamento com um pediatra durante e após a detecção da doença é fundamental para evitar manifestações mais graves e até atípicas que cada criança pode apresentar.
Nos casos mais leves, o tratamento é feito com repouso, hidratação e controle dos sinais clínicos. Já em situações mais graves, pode ser necessário o internamento para hidratação intravenosa e até mesmo suporte intensivo.
Vacina da dengue para crianças
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a vacina QDENGA® contra a dengue preferencialmente para imunizar crianças e adolescentes.
Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de três meses, e destinado a indivíduos de 4 a 60 anos de idade.
O Ministério da Saúde incorporou a vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS) e irá priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na aplicação que iniciará a partir de fevereiro.
O público prioritário foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização.
Como se proteger do mosquito
A crise climática é apontada como uma das causas do aumento da dengue. Isso porque o mosquito transmissor (Aedes aegypti) se reproduz em regiões quentes e com água parada. Por isso, o especialista reforça que o principal cuidado é com a higienização dos ambientes. Confira os cuidados:
- não deixe água parada e acumulada;
- mantenha as lixeiras fechadas e protegidas da chuva;
- mantenha os vasos de plantas limpos e utilizar areia até a borda;
- guarde baldes, garrafas e outros recipientes com a boca para baixo;
- cubra os reservatórios de água; e
- retire a água dos pneus e reservá-los em ambientes protegidos.
Hospital Pequeno Príncipe
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